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segunda-feira, 30 de março de 2020

Visita à Aquisa e DNOCS Pentecoste

Os alunos do 3º ano do curso técnico em aquicultura da Escola Profissional de Guaiúba tiveram a oportunidade de visitar duas referências para a aquicultura cearense no dia 13 de março.
Pela manhã, os alunos, acompanhados pelo Prof. Thiago Andrade, visitaram a Aquisa, fazenda produtora de camarão, no município de Paraipaba, pertencente ao Grupo Samaria, o maior produtor de camarão do Brasil. O Grupo realiza, além da engorda do camarão, a larvicultura, que conta com trabalhos de melhoramento genético, a produção da própria ração, bem como o processamento da produção. Os estudantes foram recebidos pelo Eng. de Pesca, Augusto Albuquerque, que apresentou os principais aspectos do manejo realizado pela propriedade bem como as instalações.
Após a visita da manhã, o grupo de alunos foi até o município de Pentecoste onde funciona o Centro de Pesquisas em Aquicultura do DNOCS onde foram recepcionados pelos Engs. Agrônomos Socorro Mesquita e o Pedro Eymard que mostraram o trabalho desenvido por sua equipe no cultivo de tilápia e Pirarucu.
O curso técnico em aquicultura agradece a todos que receberam os alunos para compartilhar um pouco de sua experiência.












terça-feira, 3 de março de 2020

EFEITO DO EXSUDADO DA RAIZ DE HORTELÃ VERGAMOTA (Mentha X piperita var citrata) SOBRE MONOGENOIDES EM TILÁPIAS DO NILO (Oreochromis niloticus) CRIADAS EM SISTEMA DE AQUAPONIA

No dia 31 de janeiro de 2020 o Prof. Thiago Andrade defendeu sua dissertação de mestrado com o título acima. Segue abaixo o resumo do trabalho desenvolvido:

As plantas liberam através de suas raízes compostos orgânicos com diferentes características e ações. Há relatos de que a Mentha piperita libera resíduos através do sistema radicular com efeito alelopático. Também é conhecido o efeito antiparasitário da hortelã-pimenta sobre monogenoides em peixes.

Sistemas de produção aquapônicos aproveitam a mesma água e certas estruturas para o cultivo simultâneo de peixes e vegetais. Dessa forma, este trabalho propõe-se a investigar se a hortelã vergamota (Menta X piperita var citrata) controla a infestação de monogenoides em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) através do exsudado de suas raízes, em sistema de aquaponia.

Foram realizados dois experimentos. O primeiro utilizou dois tratamentos e quatro repetições, com 30 tilápias do Nilo cada com peso médio inicial de 7,7 g tendo duração de 60 dias. Os tratamentos eram: com e sem hortelã em associação, em água de baixa qualidade. Foi observado incremento de 13,3% na sobrevivência (embora parasitados), bem como na biomassa (11,3%) onde havia hortelã, sugerindo que a planta contribuiu para a sanidade e o desempenho dos animais, porém sem efeito antiparasitário.

O segundo experimento utilizou três tratamentos com quatro repetições em cada um, durante 45 dias. Os tratamentos foram: aquaponia com alface (Lactuca sativa. CA), aquaponia com hortelã (CH) e cultivo de peixes sem vegetal (SP), mantendo-se a qualidade da água dentro das faixas de conforto para a tilápia do Nilo. Foram utilizados 22 juvenis, com peso médio inicial de 1,9 g ± 0,45.

Nos tratamentos em associação com plantas, houve um significativo incremento no peso médio dos peixes (3,89 g ± 018 – CA; 4,15 g ± 0,17 – CH; e 3,49 g ± 0,18 – SP; p<0,05), bem como manutenção da qualidade da água para amônia (0,44 – CA; 0,38; e 1,25 – SP; p<0,05) e pH (6,86 – CA; 6,80 – CH; e 5,64 – SP; p<0,05), independentemente da espécie vegetal. Os índices parasitológicos não diferiram estatisticamente entre os três tratamentos.

Conclui-se então que as plantas, como elemento de um sistema de cultivo de peixes, contribuem de forma efetiva para o desempenho dos animais, em especial, pelo controle na qualidade da água. Entretanto, não foi possível concluir que o exsudado das raízes de hortelã vergamota podem controlar a população de monogenoides de tilápia do Nilo.

Agradecemos a todos os que de alguma forma colaboraram para a realização do trabalho, em especial ao Sr. Bessa, da Piscicultura São Pedro e Sr. Marcílio da Piscicultura Fort Alev que cederam alevinos para as atividades bem como ao Sr. Paulo, da Hidro Horta que disponibilizou mudas de hortelã e alface para a pesquisa.

Alguns alunos do curso técnico em aquicultura da Escola Profissional de Guaiúba também tiveram participação no desenvolvimento do trabalho: Marcilene, Matheus, Iasmyn, Willian, Evelyn, Isabele, Karine, Theresa, Wanderson, Helen, Carliene, Renan, Letícia, Ericson, bem como outros do período (2018-19) além de alunos e anos anteriores anteriores, que foram fundamentais no desenvolvimento do sistema de aquaponia da escola.

Abaixo você pode conferir a apresentação utilizada durante a defesa:




Link para dissertação no Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/50351